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Fórum de Saúde cita “política genocida” e critica flexibilização

Um grupo formado por profissionais da saúde pública e privada de Mato Grosso lançou um manifesto pedindo a revogação dos decretos baixados no Estado e que flexibilizam as medidas de isolamento social.

No documento, eles citam o aumento de casos da Covid-19 no Estado, as 10 mortes já registrada e criticam a abertura – ainda que gradativa – das atividades comerciais, especialmente em Cuiabá e Várzea Grande.


Segundo os profissionais, a estrutura de saúde em Mato Grosso é bastante fragilizada e nunca supriu a demanda de Unidade de Tratamento Intenso (UTIs), muito menos agora, diante da real ameaça de expansão da pandemia.


“Não temos medicações, nem Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) em quantidade e qualidade necessárias, que dirá respiradores e leitos de UTI suficientes”, diz trecho da carta.

Não temos medicações, nem Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) em quantidade e qualidade necessárias, que dirá respiradores e leitos de UTI suficientes
Os profissionais também citam a recomendação da Organização Mundial de Saúde (OMS) dando conta que o distanciamento social é a forma mais eficaz de interromper a cadeia de transmissão do vírus.


E, segundo eles, ao flexibilizar a abertura do comércio em plena curva ascendente de infecção por coronavírus no Estado, Mato Grosso caminha na contramão das recomendações da OMS e das medidas adotadas por outros Países.


“Mais uma vez nossos governantes e patrões demonstram descaso com a saúde: para manter seus negócios e lucros colocam em risco a vida de milhares de trabalhadores, numa política genocida criticada por cientistas, líderes e governantes em todo o mundo. Infelizmente estamos na contramão da história”, criticam.

Além da revogação dos decretos baixados pelo governador Mauro Mendes (DEM), pelo prefeito de Cuiabá Emanuel Pinheiro (MDB) e pela prefeita de Várzea Grande Lucimar Campos (DEM), o manifesto também faz outros pedidos.


Entre os quais, ampliação de políticas sociais de proteção à população de maior vulnerabilidade e de menor renda e ampliação de leitos do SUS e fornecimento adequado de medicamentos e EPIs aos trabalhadores que estão na linha de frente ao combate da Covid-19.

Também integram o Fórum – além de profissionais da Saúde – membros da sociedade civil, entidades como a Rede de Médicas e Médicos Populares, sindicatos e movimentos sociais.



Casos em MT


A Secretaria Estadual de Saúde notificou, até a tarde do último domingo (26), 250 casos confirmados da Covid-19 em Mato Grosso.

Até o momento, foram registrados dez óbitos em decorrência da doença.


As mortes ocorreram em: Cuiabá (2), Lucas do Rio Verde, Cáceres, Aripuanã, Rondonópolis (2), Barra do Garças, Mirassol D’Oeste e Sinop.

FONTE MÍDIA NEWS